# Introdução tumor neuroendócrino é derivado das células enterocromafins-like nas criptas de Lieberkuhn. Considerado raro, com incidência de 1-2/100.000 habitantes, mas esta vem aumentando com o advento de melhores técnicas diagnósticas. 1 O local mais comumente acometido é o trato gastrointestinal (TGI), afetando principalmente intestino delgado, apêndice cecal e reto. 2 A maioria dos casos é assintomático, sendo o diagnóstico ainda tardio. Esse, tem por base dosagem de aminas, comumente secretados pelos tumores, além da tomografia computadorizada, exame de escolha para determinar metástases. O tratamento curativo é a ressecção cirúrgica do tumor. 1,3 O objetivo deste trabalho é relatar um caso 4 de tumor neuroendócrino localizado no íleo distal e ressaltar a importância do diagnóstico e ressecção precoce. # II. Relato de Caso J. B. S., 56 anos, encaminhado ao Hospital Municipal de Maringá -PR queixando-se de dor abdominal difusa, tipo cólica, de forte intensidade há 20 horas, associada à vômitos. Sem história de perda de peso prévia, febre ou hiporexia e astenia. Portador de hipertensão arterial sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus tipo 2 e hipercolesterolemia. Em uso de Metformina, Losartana, Sinvastatina, Gliclazida e Omeprazol. Tabagista (30 # Discussão Os tumores neuroendócrinos (TNE) são tumores bem diferenciados, derivados da hiperplasia e crescimento descontrolado do sistema celular neuroendócrino difuso, que são localizadas em vários órgãos, acometendo o TGI (55%), sistema respiratório (30%) ou locais mais raramente, rins e ovários. Originam-se nas células enterocromafins nas cristas de Lieberkuhn e surgem de células intra-epiteliais. 3,5 O local mais comum de acometimento é o intestino delgado (29%), seguido pelo reto (14%), estômago e apêndice (5%). 6 São neoplasias raras, com incidência de 1-2/100.000 habitantes 1 , consideradas um mal silencioso, por ficarem tantos anos assintomáticos (5-7 anos). 7,8 Geralmente o diagnóstico é tardio, embora a incidência dos TNEs vem aumentando devido ao advento de melhores técnicas endoscópicas e de imagem. 2 A incidência superou os adenocarcinomas. 2 Os fatores de risco mais descritos na literatura são os considerados não comportamentais, com predominância feminina em pacientes com até 60 anos, e maiores riscos em afroamericanos, hispânicos e asiáticos, além da forte associação entre história familiar positiva de câncer. 9 Outros estudos relatam maior prevalência em homens. 1,10 Aparentam ser esporádicos, mas também há um componente genético relacionado, a deleção no gene supressor tumoral PLC beta3 que leva ao crescimento celular descontrolado. E já foi descrito também em síndromes familiares, neoplasias neuroendócrinas múltiplas (NEM-1 e NEM-2) que acometem indivíduos mais jovens. 11 De acordo com seu sítio de origem, apresentam diferentes perfis de produção hormonal: tumores com origem embrionária no intestino anterior (Foregut), acometem o trato respiratório e o timo, na fase adulta, e são responsáveis pela liberação, principalmente de 5-hidroxitriptofano e ACTH, causando rubor facial. Já no intestino médio (Midgut), se manifestam em jejuno, íleo e cólon direito, sendo os de maior frequência e com maior liberação de serotonina. 5,12,13,14 Quando originários do intestino posterior (Hindgut), acometem o cólon esquerdo e o reto, possuindo baixa produção de serotonina, sendo assim, rara a apresentação como síndrome carcinóide. 12 Na maioria dos casos, possuem crescimento lento, o grau de diferenciação e a taxa de proliferação (taxa mitótica e KI-67) predizem o comportamento clínico. 3,15,16 O sintoma mais comum (40%) é a dor abdominal, devido efeito mecânico compressor do tumor, isquemia mesentérica, resposta desmoplásica secundária ao tumor, por comprometimento vascular/metástases e enterorragia. 3,13 Com o avançar da doença, pode surgir a síndrome carcinóide: Rubor facial, diarreia secretória, broncoespasmo, cianose e flutuação da pressão arterial. 11,17 Essa síndrome acomete uma minoria dos pacientes e quando ocorre, indica fases mais avançadas da doença e prováveis metástases. 11 TNEs possuem grande potencial de metástase sendo estas chances dependentes do tamanho do tumor, localização e grau histológico. 18,19 No caso dos intestinais, quando menores de 1 cm as chances de metástases são cerca de 2% e quando maiores que 1-2cm tem chances de 50-90%. 13,20 Devido aos fatores citados acima, as classificações dos tumores neuroendócrinos são complexas e confusas. 6 A maioria das classificações, leva em conta principalmente a taxa de proliferação (índice de mitose e Ki-67) e a extensão da disseminação tumoral. Índice ki-67 <3% classifica o como de baixo grau, de 3-20% grau intermediário e >20% de alto grau. Pela classificação da OMS, as neoplasias neuroendócrinas são separadas em dois grupos quanto ao grau de diferenciação: Tumores bem diferenciados (grau 1 e 2), sólidos ou glandulares, com núcleos uniformes, cromatina grosseira e pontilhada e prognóstico melhor. E carcinomas neuroendócrinos (CNEs), que seriam carcinomas de alto grau, parecidos com os de pequenas células, pouco diferenciados (grau 3) e rapidamente progressivos e agressivos. 21 Quanto a secreção de hormônios, os tumores podem ser classificados em funcionais ou não funcionais. São considerados, ainda, como fatores de gravidade o grau de invasão angiolinfática, necrose tumoral, infiltração perineural e a invasão a tecidos vizinhos ou resíduos tumorais nas proximidades. 19,21 A classificação TNM leva em conta a profundidade/invasão, acometimento de linfonodos e metástases. 22 De acordo com o atual (oitava edição, 2017) sistema de estadiamento TNM do American Joint Committee on Cancer (AJCC)/Union for International Cancer Control (UICC), esses tumores são divididos em dois grupos: tumores jejunoileais (tabela 1) e duodenal/ampola (tabela 2). 23 Quando há a suspeita do tumor, os exames indicados são: pesquisa na urinária do a?ido 5-hidroxiindolacetico (5-HIAA), útil em pacientes com TNEs do intestino médio, pela alta produção de serotonina; dosagem da cromogranina pois aumentam proporcionalmente com o aumento da carga tumoral. 15,24,25 Quanto aos exames de imagem, podem auxiliar a tomografia computadorizada (TC), ultrassonografia endoscópica e endorretal (USER), ressonância nuclear magnética (RNM) e videocápsula endoscópica podem ser úteis para diagnóstico, localização e estadiamento da doença. 24 O tratamento depende do grau do tumor; pacientes com tumores grau 1 e sem metástase, se beneficiam com ressecção local do tumor e tratamento clínico para os sintomas (antagonistas de serotonina); já em casos de metástases irressecáveis ou tumores de graus elevados, o tratamento é a quimioterapia, podendo ser beneficiados com terapia antitumoral. 2,3,23,26 Com relação ao caso descrito, um TNE bem diferenciado (grau 1), localizado e sem metástases, o tratamento definitivo foi a excisão cirúrgica além da investigação de outros TNEs no intestino durante a cirurgia, já que em 25% dos casos é encontrado TNEs múltiplos no local. 27,28 De acordo com um estudo epidemiológico de 2017, foram confirmados como fatores prognósticos, a idade, sexo, local de acometimento, índice de proliferação, grau de diferenciação e estágio do tumor, sendo que as taxas de sobrevida melhoraram muito com as melhorias na terapia e no reconhecimento mais precoce. 21 A sobrevida nos próximos 10 anos em casos de TNE intestinal depende principalmente do estágio do tumor, sendo que no estágio 1 há 95% de chance; no estágio 2A ha 95%, no estágio 2B há 77%, no estágio 3A ha 68% , no estágio 3B há 77% e no estágio 4 há 42%. 23,29,30 # Conclusão TNE intestinal é uma neoplasia rara, com quadro clínico inespecífico ou assintomático, sendo por muitas vezes diagnosticado acidentalmente em cirurgias de emergência. Sua incidência vem aumentando devido a melhores técnicas diagnósticas disponíveis. O diagnóstico precoce tem grande valia pois reflete em um melhor prognóstico do paciente. O tratamento curativo é a excisão cirúrgica total. E, portanto, o diagnóstico e ressecção tem grande impacto na sobrevida dos pacientes. 22![a) Elementos De Apoio Para Análise Dos Resultados E Discussão i. Tabelas, quadros, figuras e quadros: Imagem 1: Tomografia Computadorizada (TC) do caso relatado Journ als Intestinal Neuroendocrine Tumor: A Diagnostic Approach, Clinical Evolution and Review Tabela 1: Estadiamento TNM dos tumores neuroendócrinos do jejuno e íleo -AJCC/UICC 8 a edição. Fonte: STROSBERG, Jonathan. Staging, treatment, and post treatment surveillance of nonmetastatic, well-differentiated gastrointestinal tract neuroendocrine (carcinoid) tumors. UpToDate, 2020. Tabela 2: Estadiamento TNM dos tumores neuroendócrinos do duodeno e ampola de Vater -AJCC/UICC 8 a edição. Fonte: STROSBERG, Jonathan. Staging, treatment, and post treatment surveillance of nonmetastatic, well-differentiated gastrointestinal tract neuroendocrine (carcinoid) tumors. UpToDate, 2020. Neuroendocrine Tumor: A Diagnostic Clinical Evolution and ReviewIV.](image-2.png "22 Intestinal") ![](image-3.png "") ![](image-4.png "") Intestinal Neuroendocrine Tumor: A DiagnosticApproach, Clinical Evolution and ReviewTumor Neuroendócrino Intestinal: Uma Abordagem Diagnóstica, Evolução ClínicaE RevisãoGabriela Inocente Kikuchi ? & Jéssica Laís Caregnato de Meira ?Resumo-Introdução e objetivo: o tumor neuroendócrinohistological grade. Imaging and laboratory tests can assist inintestinal é um câncer raro, com incidência de 1-2/100.000diagnosis. The therapy selection depends on the stage, andhabitantes. A maioria dos casos é assintomático e decan range from total tumor resection to antitumordiagnóstico tardio. O objetivo deste trabalho é apresentar umchemotherapy.caso raro de tumor neuroendócrino intestinal (no íleo distal), bem diferenciado, com sintomas inespecíficos e característicos da doença.Conclusion: Although rare, intestinal TNEs incidence has been increasing over the years, requiring clinical knowledge and recognition, and enabling early diagnosis and treatment,Apresentação do caso: Homem, 56 anos, tabagista,to improve these patients' prognosis.diagnosticadocomneoplasianeuroendócrinabemKeywords: neuroendocrine carcinoma. neurosecretorydiferenciada, grau 1 histológico (G1), localizado em íleo terminal, após laparotomia exploradora.systems. carcinoid tumor. neoplasms. intestinal neoplasms.I.Conclusão: Apesar de raros, a incidência dos TNEs intestinaisvem aumentando com os anos, fazendo-se necessário seuconhecimento clínico e reconhecimento, possibilitandodiagnóstico e tratamento precoces, melhorando o prognósticodestes pacientes.Palavras-chave: carcinoma neuroendócrino. sistemasneurossecretores.tumorcarcinóide.neoplasias.neoplasias intestinais.Abstract-Introduction and objective: The intestinalneuroendocrine tumor is a rare cancer, with incidence of 1-2/100.000 inhabitants. Most cases are asymptomatic and latediagnosed. The aim of this work is to present a rareneuroendocrine intestinal tumor case (in the distal ileum),well-differentiated, with nonspecific and characteristic diseasesymptoms.Case presentation: 56-year-old male smoker diagnosed withwell-differentiated neuroendocrine neoplasia, histologicalgrade 1 (G1), located in the terminal ileum, after exploratorylaparotomy.Discussion: It is a rare neoplasm that mainly affects thegastrointestinal tract. Practically always slow-growing. Theclinic is nonspecific in most cases, and the principalindication is abdominal pain. There is great potential formetastasis, depending on the tumor size, location andAuthor ? ?: Médica pela Universidade Cesumar -Unicesumar, Maringa-PR. e-mails: gabikikuchi@hotmail.com, jessicacmeira@outlook.com Discussão Apresentou: Hb 16,3 g/dl; VG de 49,3%; 12.650leucócitos/mm³; 4% de bastões e 256.000 plaquetas eProteína C reativa (PCR) de 19,8 mg/l (Referência: até5mg/l). Tomografia Computadorizada (TC): "Discretoaumento do conteúdo liquido/gasoso no intestinodelgado com alguns níveis hidroaéreos; pequenaquantidade de líquido livre na cavidade pélvica;divertículos no sigmoide sem processo inflamatório".Paciente foi submetido à laparotomia exploradora porabdome agudo obstrutivo. No intra-operatório,identificado pequena quantidade de líquido livre,grande distensão de todo o delgado, a partir do ângulode Treitz até seu terço médio, com ponto abrupto deafilamento no qual a palpação identificou-se nóduloendurecido e aderida à luz intestinal, causando aobstrução. Realizada enterectomia segmentar comenteroenteroanastomose mecânica. Paciente inicioudieta no segundo pós-operatório e recebeu alta noquinto pós-operatório, sem intercorrências. Noanátomo-patológicodapeça:"Neoplasianeuroendócrina bem diferenciada, grau 1 histológico(G1), medindo 0,5 cm no maior eixo, localizado emintestino delgado. A profundidade da invasão foi até asubserosa, com índice mitótico de 1 mitose / 10 CGA eestadiamento patológico (TNM, 8a ed, 2017) pT3 pN0.Não foram detectados invasão angiolinfática, necrosetumoral, infiltração perineural, depósitos tumorais emmesentério. A margem cirúrgica proximal e distalestavam livres e a margem cirúrgica radial estava livre edistando 1,5 cm da lesão. O tecido adiposo mesentéricoestava livre de neoplasia".A ceite do comitê de ética:CAAE: 35552720.2.0000.5539;Número do parecer: 4.194.802III. * DanLLong Medicina Interna de Harrison 18 2013 AMGH Porto Alegre * Tumores neuroendócrinos do intestino delgado: Experiência do Instituto Nacional do Câncer em 12 anos Eduardo;Linhares GED Gastroenterol Endosc Dig 30 2011 * Clinical characteristics of well-differentiated neuroendocrine (carcinoid) tumors arising in the gastrointestinal and genitourinary tracts JonathanRStrosberg 2019 UpToDate * CARE guidelines for case reports: explanation and elaboration document DavidSRiley 10.1016/j.jclinepi.2017.04.026.Set.2017 J Clin Epidemiol 89 * Neuroendocrine tumors of the jejunum and ileum EugeneAWoltering American Joint Committee on Cancer -AJCC Cancer Staging Manual 2017 Chicago 8th Edition * A common classification framework for neuroendocrine neoplasms: an International Agency for Research on Cancer (IARC) and World Health Organization (WHO) expert consensus proposal Guido;Rindi 10.1038/s41379-018-0110-y.Dez.2018 Mod Pathol 31 * Diagnóstico e tratamento de tumores carcinóides do trato digestivo LuisFernandes ;César Pucca ;Luiz DelcioMatos 10.1590/S0104-42302002000100038Acesso Rev Assoc Med Bras 48 28 2020 São Paulo mar. 2002. Disponível em * An analysis of 8305 cases of carcinoid tumors IrvinMModlin AndrasSandor 10.1002/(sici)1097-0142 <813::aid-cncr19>3.0.co; 2-2. Fev. 1997 Cancer 79 4 19970215 * Risk factors associated with neuroendocrine tumors: A U.S.-based casecontrol study ManalMHassan 10.1002/ijc.23529Ago.2008 Int J Cancer 123 * DouglasKamei ;Jun RafaelShighihara ;Shinmi FernandoAraujo Romani De * neuroendócrino de intestino delgado: relato de caso. ABCD Arq Bras Cir Dig 10.1590/0102-672020190001e1492 18 de maio de 2020 33 1492 São Paulo * Diretrizes para o tratamento de tumores neuroendócrinos pelo grupo brasileiro de pesquisa em tumos gastrointestinal RachelPRiechelmann 10.3332/ecancer.2017.716 2017 11 716 Ecancermedicalscience, Bristol * Tratado de Gastroenterologia da Graduação à Pós-graduação. 2a edição -Editora Ateneu Schilioma;Zaterka JNEiseig 10.3332/ecancer.2017.716 2016 * DCSabistonJr Tratado de cirurgia: A base Biológica da prática Cirúrgica Moderna Rio de Janeiro Elsevier 2014 * Tumores neuroendo?rinos: revisaõ de literature NicoleAraujo ;Almeida De Pantaroto ;André CéliaOliveira Tosello De Perspectivas Medicas 23 5435007 2012 * Neuroendocrine neoplasms of unknown primary site JohnDHainsworth AnthonyFGreco JonathanRStrosberg site?search=Neuroendocrine%20tumor& source=search_result&selectedTitle=2~150&usag e_type=default&display_rank=2 UpToDate, 2020. Disponivel em * Tumor neuroendo?rino de reto: relato de caso IzabelaBiazi ;Mendes FernandoSesti Spinosa GED Gastroenterol Endosc Dig 35 2016 * Carcinoid syndrome: diagnosis and medical management AartJVan Der Lely WouterWHerder De 10.1590/S0004-27302005000500028 Oct. 2005 49 São Paulo Arq Bras Endocrinol Metab * The epidemiology of metastases in neuroendocrine tumors Matias;Riihimäki 10.1590/S0004-27302005000500028 Int J Cancer 139 * Neuroendocrine tumors of midgut and hindgut origin: tumor-node-metastasis classification determines clinical outcome JannHenning ; 10.1002/cncr.25855.Ago.2011 Cancer 117 * Carcinoid metastases to the liver: role of triple-phase helical CT EKPaulson 10.1148/radiology.206.1.9423664 Radiology 206 Jan 1998 * Pathology, classification, and grading of neuroendocrine neoplasms arising in the digestive system. UpToDate DavidSKlimstra ZhaohaiYang 2020 * Tumores Neuroendo?rinos do Estomago: Se?ie de Casos AlezandreDal Pizzol ;César Revista Brasileira de Cancerologia 56 2010 Disponivel em * Staging, treatment, and posttreatment surveillance of nonmetastatic, welldifferentiated gastrointestinal tract neuroendocrine (carcinoid) tumors. UpToDate JonathanStrosberg 2020 * Diagnosis of carcinoid syndrome and tumor localization JonathanStrosberg 2019 UpToDate * Diagnosis and Management of Upper Gastrointestinal Neuroendocrine Tumors LiongChin ; O'Jun DermotToole 10.5946/ce.2017.181 Clin Endosc 50 6 Nov. 2017 * Treatment challenges in and outside a network setting: Gastrointestinal neuroendocrine tumours Faidon-Marios;Laskaratos MartynCaplin 10.1016/j.ejso.2018.03.012 Eur J Surg Oncol 45 1 Jan. 2019 * ENETS Consensus Guidelines for the management of patients with gastroduodenal neoplasms GianfrancoFave ;Delle 10.1159/000335595.2012 Neuroendocrinology 95 2 * ENETS Consensus Guidelines for the management of patients with neuroendocrine neoplasms from the jejuno-ileum and the appendix including goblet cell carcinomas Ulrich-Frank;Pape 10.1159/000335629.2012 Neuroendocrinology 95 2 * Trends in the Incidence, Prevalence, and Survival Outcomes in Patients with Neuroendocrine Tumors in the United States Arvind;Dasari 10.1001/jamaoncol.2017.0589Oct.2017 JAMA Oncol 3 10 * Gastroenteric neuroendocrine neoplasms classification: comparison of prognostic models Anna;Dolcetta-Capuzzo 10.1002/cncr.27716 Cancer 119 1 27716 Jan 2013