gingivectomy surgery, which tends to considerably resolve the condition of hyperplasia, especially if it is associated with the control of bacterial plaque, through adequate oral hygiene. # Keywords: gingivectomy. gingival hyperplasia. risperidone. # I. Introdução a Odontologia, pacientes com necessidades especiais (PNE) é todo usuário que apresente uma ou mais limitações de ordem emocional, física, sensorial, mental, de crescimento ou médica, de forma temporária ou permanente, que os impeçam submeter-se a um tratamento convencional (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019), correspondendo a 24% da parcela populacional brasileira (JACOMINE et al., 2018). Desses indivíduos, 56,5% são mulheres e 43,5% são homens (HADDAD; TAGLE; PASSOS, 2016), a maior parte residente na região Nordeste do Brasil, representando cerca de 26,6% da sua população (JACOMINE et al., 2018). Ressalte-se que alguns desses pacientes podem ter maior propensão ao desenvolvimento de alterações gengivais quando estiverem usando alguns fármacos, como sedativos, ansiolíticos e anticonvulsivantes, que podem provocar a hiperplasia gengival frequente, quando da utilização de medicamentos à base de fenitoína, por exemplo, além de bloqueadores de canais de cálcio, como a nifedipina, e imunossupressores, como a ciclosporina (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019; PETRACCO; RIZZATTO; MENEZES, 2020). Essa indução do aumento gengival por fármacos provoca um crescimento anormal do tecido gengival na região circunjacente à papila interdental, o que ocasiona desconforto ao paciente e, em casos mais graves, pode cobrir toda a porção coronária do dente (USINGER et al., 2016). # N A severidade da condição do paciente pode variar de uma leve hiperplasia da gengiva livre, até uma completa submersão da coroa dos dentes, podendo causar deslocamentos dentários. Tratando-se de casos severos, é possível realizar contato de oclusão, ocorrendo esse unicamente através de cristas fibrosas largas e achatadas, tendo em vista a pressão da mordida, casos em que a mastigação pode gerar dor (PETRACCO; RIZZATTO; MENEZES, 2020). Frequentemente, um grande número de PNE apresenta higiene bucal deficiente. Essa condição bucal pode estar direta ou indiretamente associada com desordens físicas ou mentais às quais são acometidos esses pacientes (PINI; FRÖHLICH; RIGO, 2016). O fator higiênico também conta para que a PNE apresente algum tipo de alteração gengival, afetando, as doenças periodontais, cerca de 20 a 50% da população, tendo prevalência de 3,8% em pacientes com dificuldades motoras e mentais (ALMEIDA et al., 2019). Nesse sentido, o conhecimento das limitações e dos recursos que levam ao acolhimento desses pacientes é relevante, já que tendem a apresentar, além do comprometimento sistêmico, agravos bucais mais severos (JACOMINE et al., 2018), desse modo, é de suma importância que o cirurgião dentista realize um atendimento eficaz, com o intuito de possibilitar melhores condições de higiene bucal e promoção de saúde para esses indivíduos (PINI; FRÖHLICH; RIGO, 2016). Hatahira et al (2017) chamam a atenção, ainda, para a importância do monitoramento de pacientes administrados com imunossupressores, bloqueadores de canais de cálcio e anticonvulsivantes, tendo em vista que a hiperplasia gengival induzida por medicamentos (DIGH) causa risco potencial em problemas da mastigação, estética e pronúncia, bem como, uma deteoriação da qualidade do paciente. Terapias medicamentosas são de suma importância para o tratamento e profilaxia de diversas patologias, entretanto, alguns medicamentos podem causar reações adversas, entre elas, envolver todos os órgãos e sistemas do corpo, influenciadas por fatores individuais, como a genética, já que dependem da participação de enzimas e proteínas, além de fatores gerais, como o meio ambiente (PIRES et al., 2017). Um dos exemplos de reação adversa causadas pelos medicamentos é a Hiperplasia Gengival Medicamentosa (HGM), um dos fatores que pode proporcionar aspectos estéticos desfavoráveis e prejuízos à saúde periodontal (PETRACCO; RIZZATTO; MENEZES, 2020). No que se refere à Risperidona, trata-se de um agente antipsicótico usado no controle de transtornos do comportamento, em psicoses, ansiedade, tensão e estado mental alterado por estes transtornos, mania e irritabilidade, associada ao transtorno autista (DUARTE et al., 2017). Este medicamento é um antipsicótico atípico que, ao agir no cérebro do paciente, bloqueia os receptores da dopamina e serotonina. (AUTISMO E REALIDADE, 2019). A deficiência mental é conceituada como "um estado de limitação funcional abaixo da média geral em qualquer uma das áreas do funcionamento humano, e mais importante é a adaptação ao entorno" (PINI; FRÖHLICH; RIGO, 2016, p. 502). Em outra definição, tem-se que "Os transtornos mentais e comportamentais são uma série de # Fonte: Arquivo pessoal dos autores Na anamnese a paciente queixou-se de dentes "pequenos", dor e sangramento gengival. A mãe da paciente relatou que ocorreu aumento da gengiva após quatro meses de tratamento com a medicação Risperidona 1 mg, uma vez ao dia, e que a criança parou o tratamento há dois meses. Mencionou, também, que o tratamento teve início após quadros de ansiedade apresentados pela paciente. Citou, ainda, que o parto da criança foi realizado com fórceps e tendo isso gerado alguns déficits mentais. As condições de higiene bucal da paciente demonstravam-se insatisfatórias, já que a criança relatou que não conseguia escovar os dentes corretamente e não sabia fazer o uso do fio dental. Quando a mãe da criança foi interrogada quanto à realização de higiene da sua filha, respondeu que tinha muita dificuldade. Ao exame clínico, os dentes não apresentavam cáries, porém haviam cálculos dentários na região dos dentes 43 a 33. Já no Registro Periodontal Simplificado (RPS), foi observada profundidade à sondagem maior que 4 mm e grande quantidade de gengiva livre. A paciente também demonstrava mordida aberta anterior e cruzada unilateral posterior esquerda, devido ao hábito de respiração bucal e presença de amígadalas hipertrofiadas. O exame radiográfico revelou ausência de perda óssea e de alterações no periodonto de sustentação (FIGURA 3). Medicinal Gingival Hyperplasia Associated with the use of Risperidone in Childhood: Clinical Case Report pediculado e papilar cirurgia ressectiva (gengivectomia), para aumento da coroa clínica dentária, com remoção do tecido hiperplásico, a fim de recuperar a estética e a saúde da paciente no segundo retorno da paciente. Na mesa cirúrgica, optou-se por organizar o instrumental de forma que as Curetas Gracey 5-6 e McCall 13-14, utilizadas para raspagem de todas as faces dos dentes anteriores, fossem colocadas no primeiro quadrante, já que a paciente necessitava de remoção do cálculo supragengival e subgengival nos dentes do 5° sextante, antes do início da cirurgia, com o Este estudo tem por objetivo relatar um caso clínico de gengivectomia realizado na disciplina de Clínica Infantil do Centro Universitário Fametro, sendo o procedimento executado no segmento dos dentes inferiores anteriores, em uma paciente de 11 anos de idade que apresentava HGM concomitante ao uso de Risperidona na infância. # II. # Relato de Caso A paciente L.V.D.S., gênero feminino, 11 anos de idade, cor parda, procurou a clínica infantil do curso de Odontologia do Centro Universitário Fametro, apresentando hiperplasia gengival superior em pequena quantidade e, na região ântero-inferior, com diminuição da coroa clínica dental, caracterizando bolsa periodontal falsa e tecido gengival com aspecto pediculado e papilar (FIGURAS 1 E 2). intuito de evitar contaminações durante o procedimento. No segundo quadrante da mesa estava o afastador bucal, cabo e lâmina de bisturi n° 15, Cinzel de Fedi n° 2, Gengivótomo de Orban e Sonda Carolina do Norte. A sonda milimetrada não está presente na foto, pois estava sendo utilizada para medir o comprimento da coroa clínica. A mesa apresentava, também, Seringa Carpule, tubete anestésico de Alphacaíne 2%, Afastador de Minessota, gaze, espelho clínico, pinça clínica, seringa irrigadora de plástico e cuba contendo solução de Soro Fisiológico (FIGURA 4). Antes do procedimento cirúrgico, realizou-se a aferição da pressão arterial que registrava 120x80 mmHg. Posteriormente, aplicou-se anestésico tópico no fundo de sulco ântero-inferior, seguido de anestesia infiltrativa na mesma região. Realizou-se medição do comprimento da coroa clínica com sonda milimetrada (FIGURA 5) e, com este mesmo instrumental, transferiuse a profundidade de sondagem da área inferior anterior para a região vestibular, marcando os pontos sangrantes (FIGURA 6). Foi realizada incisão com lâmia de bisturi 15c, seguindo os pontos demarcados anteriormente. Após isso, utilizou-se o gengivótomo de Orban para incisão secundária e remoção de tecidos de granulação. Já os cálculos residuais, foram removidos com a cureta Gracey 5/6. O resultado pós-cirúrgico imediato apresentou-se satisfatório (FIGURA 7). Seguiu-se irrigando com soro fisiológico, uso de fio dental para remoção do tecido de granulação nas faces proximais e compressão com gaze embebida em soro fisiológico para realização da hemostasia local. A região foi recoberta com cimento cirúrgico com o devido cuidado, para que esse não interferisse na oclusão, e o mesmo foi mantido por sete dias. Foram prescritos Digluconato de Clorexidina 0,12% e Dipirona 500 mg. A paciente não pôde comparecer ao retorno marcado após sete dias, porém, após 14 dias, com o exame, percebeu-se pequenos pontos sangrantes e área levemente edemaciada (FIGURA 8). Três meses depois, foi observada recidiva do tecido gengival e presença de cálculos dentários, em menor proporção quando comparados à primeira consulta (FIGURA 9). Ao interrogar a mãe da paciente acerca da mudança do fármaco ou retorno do tratamento com Risperidona, a mesma relatou que a paciente ainda não tinha voltado na consulta com o neurologista. Diante disso, foi aconselhada uma nova terapia periodontal, para a remoção do cálculo dentário, além de reforços na instrução de higiene oral. A paciente e sua mãe foram levadas ao escovódromo do Centro Universitário FAMETRO, para receber novas instruções de higiene bucal, especificando a limpeza interdental. O tratamento ortodôntico foi indicado após término das sessões de terapia periodontal, já que a paciente apresentava mordida aberta anterior e cruzada posterior lateral. Medicinal Gingival Hyperplasia Associated with the use of Risperidone in Childhood: Clinical Case Report meses do procedimento cirúrgico Foram obtidos resultados estéticos e funcional satisfatórios nos primeiros dois meses. Foi realizada manutenção periodontal por meio de raspagens supragengivais, no entanto, após os primeiros três meses da cirurgia, foi observado crescimento gengival em menor proporção, optando-se por realizar reforços nas instruções de higiene oral com demonstrações na paciente e ressaltando a necessidade do auxílio da sua mãe durante a escovação dentária e o uso do fio dental. # III. # Discussão No Brasil, de acordo como o Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999, que dispõe sobre Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, são consideradas pessoas com deficiência aquelas que apresentam, em caráter permanente, perdas ou anormalidades de sua estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que geram incapacidade para o desempenho de atividades dentro do padrão considerado normal para o ser humano (BRASIL, 1999). Os pacientes com necessidades especiais em Odontologia podem ser classificados em nove grupos: deficiência mental, deficiência física, anomalias congênitas, distúrbios comportamentais (autismo), transtornos psiquiátricos, distúrbios sensoriais e de comunicação, doenças sistêmicas crônicas, doenças infectocontagiosas e condições sistêmicas (ANDRADE; ELEUTÉIO, 2015), porém, ela pode, mas não necessariamente, ser classificada conforme o grau de severidade, a fim de demonstrar ao paciente a gravidade da sua situação (STEFFANS; MARCANTONIO, 2021). O sangramento gengival à sondagem é considerado um indicador da presença da doença periodontal mas não de sua severidade, pois, a partir dele, é possível analisar a capacidade do paciente em realizar o controle adequado do biofilme dentário (CARVALHO, 2016). Em muitos casos, esse acúmulo de biofilme bacteriano ou cálculo é uma condição essencial para o surgimento da hiperplasia gengival, associada ou não a fármacos, doenças sistêmicas ou alterações hormonais (SANTOS et al., 2020). Alguns medicamentos de uso sistêmico usados pelos PNE podem afetar os tecidos periodontais, modificando sua resposta inflamatória e promovendo um crescimento gengival, comumente, como um dos efeitos adversos. Essa alta prevalência crônica, severa e localizada, ocorre como reflexo da precariedade da higiene oral, podendo citar, também, o tempo de uso da droga. Ela costuma ser mais bem notada após um a três meses de uso do fármaco e agrava em torno dos 12 a 18 meses (SANTOS et al., 2020). A alta prevalência das doenças periodontais ocorre em diferentes populações e em todas as idades, podendo variar a gravidade devido a faixa etária, tipo de infecção, fatores de risco e problemas sistêmicos (ALMEIDA et al., 2019). O alto risco periodontal foi detectado por Carvalho (2016) em 31, 6% da amostra, independentemente de sua condição de saúde mental. Dessa forma, a indicação de monitoramento da condição de saúde oral dos portadores de transtornos mentais e comportamentais, independente do modelo assistencial psiquiátrico ao qual estejam submetidos. No caso clínico apresentado neste estudo, percebeu-se que, após a cirurgia periodontal, houve recidiva do tecido gengival e a paciente relatou dificuldades de higiene, demonstrando que o déficit de higiene bucal antes do procedimento cirúrgico contribuiu, evidentemente, para o aumento do tecido gengival, uma vez que, mesmo após a cirurgia e a remoção da medicação, a paciente ainda apresentava hiperplasia gengival, dessa forma, corroborando os achados de É preciso ressaltar que, quanto ao tempo de uso de psicofármacos, quanto maior for ele (de 5 a 6 anos), pior a condição bucal do usuário, justificando a necessidade de acompanhamento longitudinal de PNE usuário dessas medicações, já que tendem a induzir alterações no sistema estomatognático, entre elas, a prevalência das doenças bucais e das disfunções temporomandibulares (CARVALHO, 2016). Hatahira et al (2017) relatam que a DIGH é um evento adverso raro, assim, a pesquisa epidemiológica é difícil de realizar, porém, demonstraram o risco potencial de DIGH após o uso a longo prazo do bloqueador de canais de cálcio por, aproximadamente, 260 dias. Sharma et al (2017) identificaram que após um a três meses de uso sistêmico de medicamentos, as áreas que mais são afetadas são os segmentos vestibulares e anteriores, podendo interferir na fala, na mastigação, no deslocamento lingual e até ocasionar dificuldade respiratória. Havendo inflamação, a gengiva ganha uma tonalidade vermelho-escura, edematosa, Outro aspecto quanto ao uso desses medicamentos, é que alguns deles possuem sacarose em sua formulação e podem influenciar no aparecimento da doença periodontal. Nesse sentido, o papel da Odontologia é saber classificar e tratar as dificuldades, sendo elas, físicas, emocionais ou intelectuais (JORGE et al., 2017), principalmente na primeira infância, em que o uso de psicotrópicos é pouco conhecido no Brasil, tornando urgente a realização de estudos epidemiológicos nesta área (PANDE; AMARANTE; BAPTISTA, 2018). No que se refere à Risperidona, trata-se de uma medicação cuja eficácia clínica demonstra extrapolar o tratamento apenas de síndromes psicóticas. Inicialmente, foi desenvolvida como um agente antipsicótico e o seu uso na faixa pediátrica foi aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA), para tratar a irritabilidade associada ao autismo (5 -16 anos), episódios maníacos e mistos de transtorno afetivo bipolar tipo um (10 -17 anos) e esquizofrenia (13 -17 anos) Observou-se que a literatura não apresenta dados que correlacionem a Risperidona com a hiperplasia gengival medicamentosa, confirmando que a higiene bucal incorreta tem maior influência para o desenvolvimento do crescimento gengival do que a medicação propriamente dita. Isso mostra a relevância da atenção odontológica à essa população, sendo efetuada o mais cedo possível, a fim de prevenir problemas futuros e de maiores proporções, além de contribuir na criação de hábitos que irão perpetuar por toda a vida do paciente. Ressalte-se que a Risperidona tem sido o medicamento menos descrito na literatura para tratamento de pacientes com distúrbio mental, no entanto, outros fármacos bloqueadores de cálcio foram implicados como decisivos nessas alterações. 1![Figura 1: Aspecto do tecido gengival hiperplasiado Fonte: Arquivo pessoal dos autores.](image-2.png "Figura 1 :") 2![Figura 2: Tecido gengival com aspecto](image-3.png "Figura 2 :") 319![Figura 3: Radiografia Periapical dos incisivos inferiores Fonte: Arquivo pessoal dos autores.Como tratamento, foi proposto terapia periodontal básica, com duas sessões de raspagem e alisamentos coronários, uma na primeira consulta e a outra sessão no dia do procedimento cirúrgico, além de orientações de dieta e de higiene oral. Foi sugerida a](image-4.png "Figura 3 : 19 Year") 4![Figura 4: Mesa cirúrgica Fonte: Arquivo pessoal dos autores.](image-5.png "Figura 4 :") 56![Figura 5: Medição do comprimento da coroa clínica usando sonda milimetrada](image-6.png "Figura 5 :Figura 6 :") 8![Figura 8: Gengiva com aspecto edemaciado Fonte: Arquivo pessoal dos autores.](image-7.png "Figura 8 :") 9![Figura 9: Aparência gengival após três meses](image-8.png "Figura 9 :") ![Medicinal Gingival Hyperplasia Associated with the use of Risperidone in Childhood: Clinical Case Report sangrante, friável e, ocasionalmente, pode ulcerar. Nesse sentido, Santos et al (2020) concluíram que o uso sistêmico de medicamentos provoca alteração da morfologia dos tecidos periodontais induzindo o aumento de forma exagerada.](image-9.png "") (BARROS NETO; BRUNONI; CYSNEIROS, 2018). O uso principalmente, comestudo, Santos et al (2020); Sisto e Clark (2018);do medicamento pode provocar efeitos adversos, comoHatahira et al (2017); Pires et al (2017) e Usinger et alhipersalivação e hipossalivação nacavidade oral(2016) afirmam que o melhor tratamento é o cirúrgico,(JACOMINE et al., 2018).através de raspagem supra e subgengival (SANTOS etPara o diagnóstico de HGM é indispensável aal., 2020) e gengivectomia, para eliminar o excesso derealização de uma anamnese eficaz e bem detalhada,tecido gengival (SISTO; CLARK, 2018; USINGER et al.,buscando identificar o uso de fármacos como os2016) e solucionar consideravelmente o quadro deantiepilépticos e antipsicóticos, uma vez que estes sãoHGM, por proporcionar estética e saúde ao tecidopotencialmente indutores do crescimento gengivalgengival (PIRES et al., 2017).(TOLENTINO et al., 2018). A anamnese irá colaborarOutras terapêuticas são indicadas pelapara identificar o tipo de enfermidade e a medicaçãoliteratura como tratamento eficaz da HGM. Aque o paciente está utilizando e deve incluir, também,substituição ou retirada de medicamentos (HATAHIRAmedicações, comprometimentos sistêmicos e toda e qualquer informação relevante sobre o seu estado de saúde geral (JORGE et al., 2017), a fim de proporcionar ao paciente uma supervisão adequada da saúde periodontal e sistêmica.et al., 2017; SHARMA et al., 2017; USINGER et al., 2016); o uso de produtos químicos, com enxague de 2017) e controle de placas (HATAHIRA et al., 2017; USINGER et al., 2016). No caso da substituição de clorexidina (SISTO; CLARK, 2018; SHARMA et al.,Year 2021Santos et al (2020) e Pires et al (2017)medicamentos, a resposta não é imediata, dessa23recomendam para o diagnóstico da HGM, enfatizar a história médica prévia do paciente. Devem ser excluídos, segundo Santos et al (2020) fatores como hereditariedade, indução por drogas e neoplasias, por não ser comum, na doença periodontal de origem bacteriana, esse tipo de aumento. Incluir, também, leucemia, granuloma piogênico, lesão periférica de células gigantes e papiloma e, concomitantemente, utilizar biópsia para sanar quaisquer dúvidas. Sempre que possível, realizar o diagnóstico precocemente, por ser essencial identificar o uso destes fármacos na anamnese. Pires et al (2017) são consoantes com o uso da biópsia, para excluir outras lesões do diagnóstico diferencial e confirmar a hipótese diagnosticada. Nos PNE, o controle adequado da placa e a detecção precoce da doença periodontal é difícil (HATAHIRA et al., 2017). Para PNE com défits motores e mentais, necessário utilizar técnicas odontológicas preventivas e terapêuticas para a adequação e a promoção da saúde bucal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019; PINI; FRÖHLICH; RIGO, 2016). Corroborando com os resultados deste estudo, Almeida et al (2019); Sisto e Clark (2018); Hatahira et al (2017) e Pini, Fröhlich e Rigo (2016), recomendam palestras e campanhas de conscientização em âmbito social e multiprofissional sobre a importância da manutenção da saúde periodontal. Os responsáveis e os cuidadores devem ser instruídos com ênfase na importância de uma boa higiene oral e os prejuízos que a falta desta acarreta, bem como, investimento em escovários, principalmente, após o lanche (PINI;forma, recomenda-se um intervalo de 6 a 12 meses antes de uma reavaliação clínica e programação de procedimento cirúrgico (USINGER et al., 2016). O uso de psicofármacos é sempre acompanhado de efeitos Após o tratamento, é recomendado monitoramento do paciente (JACOMINE et al., 2018; SISTO; CLARK, 2018; Como recomendação final, Sharma et al (2017) citam a importância do conhecimento da farmacovigilância por parte dos profissionais de saúde, incluindo os dentistas, para que sejam diagnosticados quaisquer efeitos adversos relacionados aos medicamentos. Em concordância, Jacomie et al (2018) . (BARROS NETO; BRUNONI; relatam que esse conhecimento deve incluir os PNE na CYSNEIROS, 2018). prática clínica, devendo ser formados profissionaisVolume XXI Issue III Version I Medical Research ( D D D D ) J Global Journal ofFRÖHLICH; RIGO, 2016). Esses são requisitosNo Brasil, a Risperidona e a Periciazina, foram generalistas e capacitados no atendimento aosfundamentais para diminuição e melhor controle daaprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária diferentes níveis de atenção à saúde.HGM (ALMEIDA et al., 2019; SISTO; CLARK, 2018). O crescimento gengival quando tratado tende a(Anvisa) para controlar os sintomas associados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Por ser um IV. Conclusãoapresentar recidiva, por não haver a possibilidade deremédio controlado, a alteração da dosagem da A hiperplasia gengival medicamentosa podeinterromper o uso do fármaco. Dessa forma, o plano de tratamento para pacientes com HGM deve ser realizado de forma correta. A exemplo do caso relatado nesteRisperidona só deve ser feita mediante indicação e estar diretamente associada à higiene bucal supervisão da equipe médica, assim como, a sua insatisfatória, tornando-se necessário maiores cuidados retirada ou substituição por outro medicamento com a escovação dentária dos pacientes,© 2021 Global Journals * Avaliação da ocorrência de doenças periodontais e gengivais entre os pacientes atendidos em uma clínica escola de odontologia em um centro universitário do nordeste brasileiro HF VAlmeida AL MBarros NKAndrade LHBatista Brazilian Journal Periodontology, v 29 1 mar. 2019 * Pacientes portadores de necessidades especiais: abordagem odontológica e anestesia geral AP PAndrade AS LEleutéio Revista Brasileira de Odontologia Rio de Janeiro, v. 72, n * Risperidona e autismo: tratamentos. Fundação José Luiz Egydio Setúbal Autismo E Realidade 14 jun. 2019 Disponível em * Abordagem psicofarmacológica no transtorno do espectro autista: uma revisão narrativa. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento Barros SGNeto DBrunoni RMCysneiros 10.5935/cadernosdisturbios.v19n2p38-60 jul./dez. 2019 19 São Paulo, v * Bula atualizada conforme bula padrão aprovada pela Anvisa em 06 jun Biosintética Aché 2016. 2017 Guarulhos, SP: 28 abr * 298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências Diário Oficial 10 21 de dezembro de 1999. p. * Guia de atenção à saúde bucal da pessoa com deficiência. Brasília: Ministério da Saúde ______ Ministério Da Saúde 2019 * Aspectos relevantes do sistema estomatognático e da saúde bucal de indivíduos portadores de transtornos mentais e comportamentais em uso de antipsicóticos típicos ElizabethMariaCarvalho CostaDe 156f. Tese (Doutorado em Processos Interativos dos Ã?"rgãos e Sistemas) -Instituto de Ciências da Saúde Salvador 2016. 2016 Universidade Federal da Bahia * Medicamentos em saúde mental GDuarte HSSouza DSSouza MCMarcola Revisado por Grazielle Gebrim Santos e * Medicinal Gingival Hyperplasia Associated with the use of Risperidone in Childhood: Clinical Case Report pelo Serviço de Nutrição da 2016 Goiânia PRAE-Universidade Federal de Goiás * Momento atual da odontologia para pessoas com deficiência na América Latina: situação do Chile e Brasil ASHaddad ELTagle VAPassos Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas 70 2 2016 * Drug-induced gingival hyperplasia: a retrospective study using spontaneous reporting system databases HHatahira JAbe YHane TMatsui SSasaoka YMotooka SHasegawa AFukuda MNaganuma TOhmori YKinosada MNakamura 10.1186/s40780-017-0088-5 Journal Pharmacology Health Care Sci jul. 2017 * Saúde bucal e pacientes com necessidades especiais: percepções de graduandos em Odontologia da FOB-USP. Revista da ABENO, v JCJacomine RFerreira AC PSant'ana ML RRezende SL AGreghi CADamante MS RZangrando 2018 18 * Atendimento odontológico às crianças com necessidades especiais: uma revisão da literatura KOJorge JPVeloso KRMedeiros SRMagalhães PC MSantos 10.5892/ruvrd.v15i2.4235 Três Corações Revista da Universidade Vale do Rio Verde * Este ilustre desconhecido: considerações sobre a prescrição de psicofármacos na primeira infância MN RPande PD CAmarante TW FBaptista 10.1590/1413-81232020256.12862018.UFG 2020 Ciência e Saúde Coletiva * Diretrizes clínicas em saúde mental AOPerobelli APAnholeti ANGorza AA SSantos 2018 Vitória (ES Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo * Fibromatose gengival: revisão de literatura LBPetracco SM DRizzatto LMMenezes DOI: 10.34117 Brazilian Journal of Development 11 nov. 2020 * Avaliação da saúde bucal em pessoas com necessidades especiais DMPini PC G RFröhlich LRigo 10.1590/S1679-45082016AO3712 2016 Einstein, v. 14, n. 4 * Reações adversas na cavidade oral em decorrência do uso de medicamentos ABPires AC AMadeira KMAraújo LD SGrossi AFValadão PGMotta Revista Salusvita 1 2017 * Hiperplasia gengival induzida por nifedipina: um relato de caso DC MSantos RFDiniz VSSiqueira AL RRibeiro JNT Facit Business and Technology Journal 19 2 out. 2020 * Gingival hyperplasia: Should drug interaction be blamed for? PKSharma MAKumar CAnkita CVKumar GNitesh SSurjit DOI: 10.4103 / ijp.IJP_57_17 Indian Journal Pharmacology, v 49 3 2017 * Corrección quirúrgica en una adolescente con hiperplasia gingival hereditaria Surgical correction in an adolescent with hereditary gingival hyperplasia: caso clínico MPSisto RAClark * SantiagoMedisan De Cuba 2018 abr * Classificação das doenças e condições periodontais e peri-implantares 2018: guia prático e pontos-chave JPSteffens RA CMarcantonio 10.1590/1807-2577.04704 Revista de Odontologia da UNESP 4 2018 * A importância da participação do paciente para a manutenção da saúde periodontal: revisão de literatura PH M PTolentino MMPrado DB;Trindade Franco A 10.21117/rbol.v5i3.220 Revista Brasileira de Odontologia Legal 5 jan. 2018 * Hiperplasia gengival induzida por fármacos RUsinger GORamos AJDirschnabel Revista Ação Odonto n. 1, out. 2016. Disponível em